Minhas irmãs, as Santas Por quinze anos, Colleen Carroll Campbell buscou entender o sentido da sua vida e da sua identidade à luz da fé cristã e do feminismo contemporâneo. Desencadeada em meio a arrependimentos num quarto em Milwaukee, essa procura a levou das piscinas de Lourdes e das ruínas de Auschwitz ao salão oval e ao palácio papal. Ao longo do caminho, ela confrontou dilemas inescapáveis à sua geração: a confusão surgida com o caos sexual da cultura do «ficar»; a tensão entre os desejos conflitantes de sucesso profissional e um amor comprometido; a ambivalência entre as exigências do matrimônio e da maternidade; a angústia por um pai que começava a ficar senil; e sua própria infertilidade. Insatisfeita com as respostas prontas oferecidas tanto pelos feminismos seculares quanto pelas críticas antifeministas, ela encontrou graça e inspiração numa inesperada amizade com seis santas: Teresa de Ávila, Teresa de Lisieux, Faustina Kowalska, Edith Stein, Madre Teresa de Calcutá e Maria de Nazaré. Suas vidas e escritos falavam aos seus anseios mais profundos, mostrando-se capazes de guiá-la durante as suas decisões mais duras e levando-a a repensar quase tudo o que julgava saber sobre o que significa ser uma mulher livre. Corações imperfeitos O perfeccionismo espiritual, isto é, a obsessão por uma vida imaculada, enraizada na crença de que podemos conquistar o amor de deus por meio de nossas próprias forças, pode ser uma forma perigosíssima de perfeccionismo. Afinal, é fácil tomá-lo por virtude, quando na verdade não passa de um ciclo de orgulho, vergonha e culpa que distorce nossa visão, embota nossa fé e nos faz julgar os outros da mesma maneira impiedosa como achamos que deus nos julga. Colleen Carroll Campbell foi vítima dessa armadilha. Porém, ao tornar-se mãe, pôde perceber com mais clareza como esse comportamento havia infectado sua vida espiritual e o quão letal poderia ser à sua felicidade. Foi quando se voltou às escrituras e aos santos canonizados em busca de inspiração. Ali, ela descobriu que muitos homens e mulheres que, a seu ver, encorajavam seu perfeccionismo na verdade foram perfeccionistas em recuperação. Neste livro, Colleen conta-nos algo da vida e da sabedoria desses santos e mostra-nos como lançaram luzes sobre os acontecimentos de sua própria biografia. Joana de Chantal, Francisco de Sales, Inácio de Loyola, Francisco de Assis, Bento de Núrsia... Todos se encontram nestas páginas, que nos revelam como o caminho para a perfeição não está na obsessão descontrolada, mas na verdadeira liberdade dos filhos de deus.