Descrição
Insinua-se em alguns setores da opinião ocidental uma inquietante prevenção contra a presença pública da religião. Há cada vez mais quem defenda um espaço público neutro e “laico”, livre de “contaminações religiosas”. E esse modo de pensar supõe um propósito tácito: um mundo sem Deus, em que a religião não tenha qualquer relevância na construção da sociedade.
Este objetivo, que pretende confinar a prática da religião à sacristia dos templos, não tem razão de ser. Invocando a laicidade do Estado, cai no laicismo, próprio da visão curta dos agnósticos atuais.
Nestas páginas, o Autor demonstra que a laicidade do Estado, que consiste na separação entre Igreja e Estado, não significa um Estado ateu e, na verdade, antidemocrático, em que a Igreja e os crentes não teriam o direito de manifestar-se.
Como o Prof. Ives Gandra Martins sublinha vigorosamente no posfácio a estas páginas, a constituição brasileira, invoca Deus, proclama a liberdade religiosa, não só no culto, mas também nas manifestações públicas e nos meios de comunicação.
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