André Frossard foi filho do primeiro secretário-geral do Partido Comunista Francês. Sua avó paterna era judia, e sua aldeia era a única da França onde havia uma sinagoga, mas nenhuma igreja. Do lado materno, seus avós tiveram origem protestante, mas toda a família acabou por ser conquistada pelo socialismo. Criado, portanto, sob um ateísmo absoluto, "aquele em que a questão da existência de Deus nem sequer se coloca", André Frossard aqui nos revela a reviravolta mais importante da sua vida: o modo como, aos vinte anos, encontrou abruptamente a verdade cristã, "numa silenciosa e doce explosão de luz", ao entrar numa capela de Paris à procura de um amigo.
Clássico da memorialística moderna, este livro é o testemunho, extremamente raro, de uma dessas conversões instantâneas que não são precedidas por nenhuma inquietação, nenhum tormento, nenhuma evolução intelectual. Por isso mesmo, suscita em nós um assombro maravilhado e grato, uma elevação do coração que só experimentamos quando brilha em nós a verdade de que Deus existe e se deixa encontrar.