Descrição
O Senhor dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes (Lc 1, 51-52). As palavras pronunciadas por Maria no Magnificat realizam-se plenamente na história de Albino Luciani, o Papa João Paulo I. Vinte anos depois da sua eleição e do seu prematuro desaparecimento, ocorrido 33 dias após o início do Pontificado, a sua figura aparece-nos cada vez mais como um verdadeiro presente de Deus.Depois de um longo período de sofrimentos e de episódios dolorosos, também na vida da Igreja, aquele sorriso do Papa – impregnado da mesma ternura do sorriso de uma criança que se deixa guiar pela mão da sua mãe, com os olhos fixos nos dela – foi uma autêntica surpresa, uma grande alegria.Em Luciani, que era uma pessoa de profunda cultura e sólida preparação teológica, a simplicidade e a humildade foram uma graça que o acompanhou durante toda a vida e que alimentou no seu rosto e no seu coração a mesma admiração daqueles que encontravam Jesus, o Filho de Deus, pelos caminhos da Galiléia, e deixavam tudo para segui-lO.Por trás daquele sorriso que nunca o abandonou, nem sequer nos momentos mais difíceis, por trás da sua total disponibilidade ao serviço dos fiéis e da sua total eficácia no ensino do Evangelho, havia uma fé inquebrantável e um diálogo incessante com Deus na oração cotidiana. Foi por isso que os cardeais, reunidos em Conclave para eleger o sucessor de Paulo VI, o escolheram em menos de vinte e quatro horas. E o entusiasmo que soube suscitar em todo o mundo durante pouco mais de um mês de Pontificado dá testemunho da sua grandeza.(do Prefácio do Cardeal Darío Castrillón Hoyos)
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